Associação Luta pelas Mulheres
Universitários visitam a
Associação de Mulheres do Grajaú e conhecem os projetos da casa
Texto: Izabela Vasconcelos e
Fernanda Lacerda
A Associação de Mulheres do
Grajaú teve ajuda nos seus primeiros anos, mas depois passou a depender de
doações, bazares e bingos para arrecadar dinheiro. Hoje a associação não tem
nenhum tipo de ajuda financeira e por esse motivo tenta se reconstruir aos poucos.
“Pagamos por volta de R$ 800,00 por mês de contas de água, luz, e outras taxas
da associação. Todo esse dinheiro é conseguido com muito esforço através de
bingos e outras atividades beneficentes”, diz Ivanilda.
No dia 6 de outubro, os
estudantes de jornalismo e relações públicas da Unisa foram conhecer de perto
essa entidade, pelo projeto Universitário Social.
A entidade foi criada em 1982
para combater a violência contra a mulher e defender seus direitos. Antes de
sua fundação, já havia um movimento feminino que reivindicava melhorias no
bairro, com conquistas sensíveis à comunidade, como a queda de atropelamentos
na região e o hospital do Grajaú, hoje administrado pela Unisa. Nessa época, as
mulheres se reuniam numa igreja da região para fazer o curso de mães e
aproveitavam para discutir sobre os direitos femininos. Também falavam da
valorização da mulher, sexo, prostituição e outros assuntos relacionados. O
padre não aprovou aquelas discussões dentro da igreja e pediu que elas
encontrassem outro lugar. Desde então as reuniões passaram por casas e salões
emprestados.
Em 1989, conseguiram, com verba
de uma ONG alemã, comprar a sede da Associação. Adélia Prates e Nilza Albina
fundaram a entidade, com o apoio da argentina, Marta Argentina, que até hoje
ajuda na elaboração de algumas oficinas.
Depois que adquiriu sua sede a
associação se tornou conhecida internacionalmente pelo trabalho de capacitação
profissional, planejamento familiar e cuidados da saúde física e mental da
mulher.
Além de atender mulheres da
região, a associação atende também crianças e adolescentes, já que a violência
doméstica não atinge só a classe adulta. “Já aprendi muito aqui”, diz a
voluntária Ivanilda Mendes. Ela conta que o principal motivo de procura das
mulheres pela associação é a violência doméstica. A voluntária diz que também
já sofreu agressão do marido. “Ele bebia muito. Era horrível”, afirma ela.
Um episódio com a irmã da
fundadora foi algo que impulsionou a luta contra a violência doméstica. No
começo da associação, Delvita Prates, na
época com 25 anos, foi brutalmente assassinada, grávida, pelo marido. Cerca de
20 anos depois, o filho de sua falecida irmã, Artur Prates, foi agredido, até
hoje não se sabe como e por quem. Hoje ele tem 24 anos e está paralítico, não fala
e tem poucas reações. Adélia cuida integralmente dele.
Em 1997, por falta de recursos, a
casa foi fechada e as atividades da associação encerradas. Só em 2005 a casa
reabriu, mas ainda passa por dificuldades financeiras. Mesmo assim realiza até
hoje cursos de corte e costura, dança e manicure. No passado, a casa já chegou
a ter 25 cursos no mesmo dia, além de um ginecologista que atendia às mulheres
na própria sede. Atualmente a casa não conta com serviços médicos, mas
encaminha as associadas para outros locais.
Recentemente a associação
participou da Marcha das Margaridas, evento em Brasília que reúne mulheres de
várias instituições. As diretoras têm muitos planos para o futuro, mas
reconhecem a importância do apoio da sociedade e empresas nesse auxílio.
Fonte: http://www.agenciaculturadepaz.com.br/us-Associacao-luta-mulheres.asp
Fonte: http://www.agenciaculturadepaz.com.br/us-Associacao-luta-mulheres.asp
Boa noite,
ResponderExcluirGostaríamos de entrar em conta com a Casa das Mulheres para um projeto de faculdade, mas não conseguimos o contato de vcs..
Favor entrar em contato com o nosso e-mail: piapademe@gmail.com
Agradecemos des de já.